sexta-feira, 27 de agosto de 2010

o último crivo

Danço na madrugada, a sós com a quietude
Se penso, penso em nada, de toda razão me privo
Ensaio uma gargalhada, surpresa de quem se ilude
Rio alto na calada, tomo assento e fumo um crivo

O vinho de outrora já não rega mais meus versos
É de amor que me embriago, a goles largos e pesados
E as estrelas que não neguem, que meus olhos, renovados,
Naquele frio mar de mistérios já não mais estão imersos

Sem querer, acordo sorrindo
Um riso profundo e inda assim infantil
E me recuso a acordar pro dia

Não interessa que o céu esteja lindo
Nada supera o beijo sutil
Do último crivo encerrando a poesia

2 comentários:

  1. bá xiao pode cre...não tava ligado desse teu lado poeta
    é nós.

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  2. Hummm, apoixonadinho então akoskosakos
    Viva o crivo...

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