terça-feira, 19 de abril de 2011

O Voo da Galinha

Sigo em frente. Os versos deixados pra trás são pegadas, de um tempo em que eu caminhava. Marcas deixadas na estrada, cheias de histórias; cheias de besteiras, de orgasmos intelectuais e, talvez, até mesmo, de algo que preste. Mas alcei voo! Agora, corto os ares. Mais como uma galinha do que como um falcão, é verdade, mas o céu não é um limite. Escrever me ajudou, por muito tempo, a tentar achar quem comprasse o meu peixe; a ver problemas no pensamento, pra depois ver que o pensamento, antes, já os tinha resolvido; a desabafar as mais terríveis angústias passionais... Agora, neste post, escrever me ajuda a explicar por que diabos deixar de escrever. Quem escreve sabe que não dá pra escrever quando não há necessidade. Digo, quando a gente não sente necessidade. Sou suspeito pra dizer se há ou não há necessidade, e cauteloso o bastante também. Mas o fato é que, sentir, não sinto. Só isso.