Por meu pai, J. Lauro Noguez.
É estranho o nosso amor...
Sou só eu que te venero
E, enquanto eu te quero,
Humildemente espero
Um pouco do teu calor.
Os amigos me fazem ver
O perigo que há em ti,
As coisas que eu já perdi
E as que ainda vou perder.
Eu já sei, já percebi,
Que, por ti, eu vou morrer.
Teimo e sigo o meu caminho...
Com devoção e ternura,
Estou sempre à tua procura
Para não ficar sozinho,
Pois chegaria à loucura
Longe do teu carinho.
Teus beijos são minha vida.
São tão doces, são tão quentes,
Tão loucos e inconsequentes
Que abrem uma ferida
Sobre meus lábios ardentes,
Sobre a vergonha perdida.
Que sentimento bizarro...
Amo que não sabe amar,
Que vive a maltratar
A mim, boneco de barro,
Que não consigo largar
Este maldito cigarro.
clap, clap, clap!
ResponderExcluiresse tem que ir pro sarau!