domingo, 20 de junho de 2010

Viagem Parada

A flor que não se move beija o beija-flor
Pensamento que não corre dá de cara com a verdade
Como, numa só tarde, eu me entrego ao teu amor
Na outra já me arde o calor da saudade

Naquelas horas, eu voei, tal como queria o vento
Vi o mundo, um livro aberto, o qual eu mesmo escrevia
Entre rosas e espinhos, teus olhos a meu contento
Afastando o nevoeiro, clareando o que era dia

Mas nem a luz desses teus olhos, a acelerar meu coração
Nem a luz de minha mente, nem planta, nem semente
Clarear-me-ão o pensamento suficientemente
Pra enxergar as ermas plagas aonde não chega a imaginação

Mesmo assim, eu sigo forte, à luz de uma paixão
Cego ao pensamento, que com tanto zelo guardara
Pois pensar leva à verdade, que é um tapa na minha cara
Cara duma criança, cujos sonhos não cessarão

Nenhum comentário:

Postar um comentário